Bairro-Jardim Maria da Graça

O BAIRRO-JARDIM MARIA DA GRAÇA

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Quando eu era adolescente no Cachambi, "Mary Grace" ficava no raio dos locais alcançáveis a pé, e sempre me chamou esse padrão das ruas. "Foi planejado, po", já me respondiam.

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O nome tem origem na fazenda onde suas terras pertenciam, a Fazenda Maria da Graça. Eram frequentes as notícias de gado fujão da fazenda nos jornais. Com o fim da função da fazenda, se tornou uma das localidades ainda desérticas nas franjas da antiga Estrada Real de Santa Cruz (D. Helder Camara) na década de 1910.

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Mas a região passaria por uma mudança industrial nos anos 20. A indústria nacional já estava próxima na área da antiga fábrica de fósforos Cruzeiro (post de 2/9/20), que depois virou a General Electric em 1919. Em 1924, nasceria a fábrica de tecidos Nova América, e a região se valorizou para o setor imobiliário.

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A Companhia Imobiliária Nacional S/A comprou o terreno em 1923, e promoveu o loteamento entre as ruas Miguel Ângelo e Av. Suburbana, com passagem da linha do trem. O arruamento promovia o conceito de "garden city", e assim nasceu o Bairro-Jardim Maria da Graça. A tentativa de unir as vantagens dos espaços urbanos e campestres importada da Inglaterra chegou aos subúrbios ferroviários junto com os operários e fábricas compatriotas. Muitos dos primeiros compradores das primeiras Casas Populares foram ingleses relacionados às fábricas locais, e a Igreja Presbiteriana (última foto) tem relação esse grupo de imigrantes dos anos 20.

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Apesar das críticas (foto 11) ao xadrez excessivamente neutro em relação às condições locais do relevo (como em ladeiras retas), o bairro cresceu em número de habitantes, levando a estação de trem a ser inaugurada em junho de 1929 (fotos 13 e 14) com uma grande mesa de doces e champagne pra quem tava lá!

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Hoje Maria da Graça ainda preserva muitas de suas casas em diferentes estilos e adaptações a partir dos padrões construtivos da época, embora os muros estejam mais altos. No "Bairro dos Ingleses" há muita casa dos diferentes estilos arquitetônicos que o subúrbio releu ao do tempo. Se cansar, a sombra do Bar da Amendoeira refresca a tarde desde 1962 até hoje!

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