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PHOTO QUESADA
Em uma época de incríveis câmeras fotográficas que andam nos bolsos das calças, temos a capacidade de registrar tudo. É tanta imagem que os jovens, que já nasceram nesse caleidoscópio, cultivam o hábito de deixarem poucas fotos em redes sociais, e ser "cria" é tirar foto escondendo o rosto rs
viva a roda viva do tempo!
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Apesar de preferir me perder nos registros escritos dos diários de outrora, todo mundo que pesquisa memória AMA uma foto. Volta e meia me deparo, nos acervos arquivísticos, com um olhar de uns dos grandes que registraram a história do Rio de Janeiro: Malta, Ferrez, Leuzinger... e o Méier já esteve nas lentes de alguns deles!
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Mas há uma riqueza material certamente enfurnada em pesadas caixas de fundo de armário, daquelas que são abertas em épocas de velórios ou mudanças de casas. As fotografias familiares são tesouros que contam o passado através daquilo que as famílias escolhiam mostrar ao futuro. As pessoas, as roupas, os penteados, os adereços, os olhares, as expressões, a pose escolhida, a posição de cada elemento... Tudo é evidência histórica aos olhares pesquisadores. E poucos lugares foram tão importantes para isso, no Rio, quanto a Foto Quesada do Meyer!
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A família Quesada y Quesada chegou ao Rio de Janeiro oriunda de León, Espanha, na década de 10. Nos anos 20, abriram um estúdio na rua Arquias Cordeiro, 121 (depois 235), onde faziam fotos para documentos ou ensaios, e que ficavam prontos em 48h. Casais, famílias e crianças entravam arrumadíssimas pra eternizar alguns segundos daquele momento. Nos anos 30, Francisca Amalia Quesada vira "Viúva Quesada" e segue o negócio familiar até seu falecimento, em 1952. E os filhos, por sua vez, seguiram o negócio no mesmo local, até que os anos 80/90 e sua revolução audiovisual doméstica reduzisse boa parte de sua clientela.
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Mesmo com tantas fotos disponíveis, os álbuns impressos ainda são aqueles que mais emocionam. E os olhares de fotógrafos profissionais ainda são capazes de tornar singular a captação de um momento único, fortalecendo o papel humano em cada avanço técnico. A família Quesada pôs o Méier nessa história fotográfica!
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