METROPOLITANOS: TIME E COLÉGIO
Nós já tivemos diferentes concepções para a palavra metrópole, mas podemos ver seu sentido popular girando em torno daqueles espaços capazes de polarizar diversos fluxos materiais e imateriais. Um espaço que que já foi campo de futebol, escola e shopping center em um intervalo de 40 anos conta muito da evolução urbana do bairro!
Em 1913 ainda predominavam os terrenos baldios entre loteamentos e casas ou sobrados nos pontos mais valorizados. Um descontínuo que fazia os clubes suburbanos abrirem suas praças de esportes, e eventualmente construírem pequenos assentos para a crescente torcida local. O Royal de Piedade foi o primeiro a usar o terreno da Rua Dias da Cruz como campo. Em 1918, se fundiu ao Sport do Rio Comprido e nasceu o Metropolitano Athletico Club, mandando tb os seus jogos no campo da Dias da Cruz. O Vasco foi, dos grandes, o que mais jogou por aqui. Em 1920, fomos campeões da Terceirona em cima do Bonsucesso! Depois de mais algumas vitórias importantes, o Metropolitano fechou em 1931, e o campo também se foi.
Em 1932, a iniciativa do potiguar Adauto da Câmara no prédio vizinho ao campo, do "Curso de Letras" (foto 4) atraiu o posterior apoio de Vitoldo Zaremba e Dijesu do Couto, tornando o Gymansio em Colégio Metropolitano! O crescimento entre as famílias permitiu que na década de 1940 (5 a 8, Dias da Cruz) se destacasse na classe média do Meyer. Presente também nos esportes e nas artes, inspirou o ex-aluno Paulo Gracindo Jr (foto 9), fundador do primeiro grupo teatral da escola. Adriana Esteves é outra ex-aluna famosa lembrada.
Nos anos 60, o Méier perde o y e entra na "modernidade" do modelo americano de consumo! O colégio se moveria para a rua Lopes da Cruz e o antigo campo agora seria o primeiro Shopping Center do Brasil por data! Não importa a geração de meierenses, esse espaço sempre foi referência no bairro.
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