ABERTURA RUA PROPÍCIA
Percebam que tento seguir alguma linha cronológica dos fatos e causos, apenas por questões de organização. Mas algumas passagens merecem uma travessia adiantada no tempo. ⏳
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A história da cidade é envolvida pela conquista eterna do sítio urbano acidentado e pantanoso. Lemos sobre o arrasamento de morros, cortes e túneis nas áreas centrais e praianas do Rio, mas os subúrbios também sofreram algumas intervenções assim, mesmo que com menos investimento e cuidado.
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1ª foto: o ilustre médico Dr. Dias da Cruz, morador da "Estrada Grande" que passou a ganhar seu nome, conseguia atrair melhoramentos no final do século XIX (1884).
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2ª foto: já em 1914, sendo o Meyer considerada a capital dos subúrbios com expressivo crescimento demográfico, reivindicava-se o corte no Morro do Vintém (100 metros de extensão por 5 de altura) para abertura da rua Propícia, conectando essa a Capitão Resende em linha reta a partir da Passagem do Engenho Novo (Buraco do Padre), e dessa com a Aristides Caire, fechando o quadrangular com a Arquias Cordeiro em curva sentido Engenho Novo.
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3ª e 4ª fotos: obras de abertura da rua Propícia em 1915, devendo ainda ser escavada na parte pontilhada para que a rua Vaz de Toledo pudesse passar por cima.
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5ª foto: década de 1960 de um Méier cada vez mais motorizado. A rua Propícia é rebaixada e o viaduto da Vaz de Toledo é efetivamente feito.
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Obs.: era o meu trecho preferido quando criança e voltava para minha casa, no Cachambi, olhar os imensos paredões da Propícia. Pedia para meu pai ir mais devagar, mas ele sempre dizia que ali precisava andar mais rápido...